Acho que eu teria aprendido a sambar. Ou então teria cumprido aquela promessa de Ano Novo acumulada que é fruto da pura mesquinhez condicional. Mas acho que sambar mesmo.
Afinal, sou brasileira, e toda boa brasileira carrega nos quadris os movimentos paradieróticos herdados das tentadoras Capitus e Gabrielas. Carrega o peso das mãos largas que prendem e trancam contra vontade o corpo que se solta com o rebolado, ao som do provocante hino da Mangueira.
Entretanto, não é o isolamento o período de reflexão e autoconhecimento, de encontro com as origens? Nada mais natural que negligenciar aspectos da saúde e acumular insistências educacionais para ir expor meus flancos de jovenzinha promissora na Avenida Principal. Não foi isso que Carnavália executiva me ensinou?
a musa multi habilidosa da américa latina ataca novamente meus amores, incrível!
que arte!